“Canto, Dança e Tambor, Liberando os Caminhos da Energia Vital”

Artistas Orientadoras: Anabel Andrés e Lucimara Bispo (Vozes Bugras)

Há milênios, nas mais diversas culturas, as pessoas realizam rituais voltados para o bem estar e a cura da comunidade e dos indivíduos que dela fazem parte, considerando as relações de sua aldeia com todo o cosmos. Como meio de transformar padrões energéticos em desequilíbrio, e comunicar-se com outras dimensões da existência, usavam a dança, a música e a palavra. Para que estas alcancem e sejam sustentadas por todos os membros do grupo, intuitivamente os rituais se desenvolvem numa organização circular.

Sob a perspectiva quântica todos os acontecimentos geram e são gerados por alguma vibração que se propaga em ondas, tendo sua origem em camadas mais sutis do que a matéria, tais como uma intenção, um pensamento, uma ideia, a imaginação, emoções, sentimentos, os quais por sua vez, conforme a intensidade e a frequência com que se repetem vão se adensando, até se organizarem de um modo mais condensado ou cristalizado.

O movimento corporal e o som geram frequências vibratórias que podem reorganizar e dissolver padrões desarmoniosos, conforme vão permeando o campo energético e os tecidos do corpo de quem os realiza. Essa sabedoria ancestral está presente em diversas culturas.

Os tambores, o canto e a dança tem uma função sagrada em muitos rituais, geralmente de sintonizar e convocar uma qualidade energética, que pode manifestar-se como um estado de transe xamânico, gerar uma catarse coletiva, expressar entidades espirituais, forças da natureza, etc. O tambor nos remete à própria pulsação da vida, nos conecta com o coração da Terra, e através de nossos pés em dança entramos em ressonância com esse pulso, e de lá nasce o canto que ressoa com o som da criação.