“O Segundo Sexo”, Vanessa Bumagny

O Segundo Sexo investe em inusitada mistura de doces melodias e ritmos dançantes eletrônicos, com forte conteúdo poético
Por Fabian Chacur
Quem acompanha a carreira de Vanessa Bumagny certamente irá se surpreender com O Segundo Sexo, seu terceiro álbum. Conhecida por uma musicalidade delicada e melódica, a cantora e compositora mostra desta vez sua faceta mais dançante.
“Desde o início da produção deste álbum eu sabia que queria um disco mais alegre, não quero mais cantar só em lugares intimistas”, comenta. E ela acabou aceitando a sugestão de seu parceiro musical e amigo presente e dedicado, Zeca Baleiro, em buscar vários produtores para desenvolver o repertório do novo álbum.
Dessa forma, o trabalho contou com a produção de Erico Theobaldo (seis faixas), Zeca Loureiro e Rogério Bastos (três faixas), Fernando Nunes (uma faixa) e Tuco Marcondes (uma faixa), o que explica um pouco a diversidade de arranjos, timbres e batidas contidas nas 11 faixas que compõem O Segundo Sexo.

Uma trajetória repleta de realizações
Paulistana da gema, Vanessa Bumagny começou no cenário artístico participando de musicais da Cultura Inglesa, no início dos anos 1990. Logo, também integrou uma banda de forró, quando esse estilo musical ainda não havia recuperado seu prestígio.
Ela em seguida trabalhou com Zeca Baleiro e Chico Cesar, de quem se tornou amiga e parceira musical. Morou durante alguns anos em Barcelona, de onde voltou em 1999, disposta a investir em sua própria carreira como cantora e compositora.
Vanessa também trabalhou e fez várias participações como atriz do grupo teatral Os Satyros, além de ter realizado shows tendo como base o repertório de Dalva de Oliveira e Herivelto Martins e desenvolvido o projeto Satyros Sons e Fúria, este último em parceria com o escritor André Sant’Anna.
Em 2003, Vanessa Bumagny lançou De Papel, seu primeiro trabalho solo, bastante elogiado pela imprensa especializada. Pétala Por Pétala veio em 2009, com produção de Zeca Baleiro (coautor de duas músicas) e parceria com Chico César na faixa que dá nome ao álbum, além de participação especial do saudoso Dominguinhos na faixa “Linha de
Fogo”.