Planta do Pé, com Maria Eugenia

Somos todos passiveis de estigmas, as danças brasileiras não fogem ao caso. Nesse trabalho Maria Eugenia compartilha com o público uma reflexão sobre as singelezas e preciosidades das danças de um Brasil antigo e inovador. Assim: com um pouco de pé, um pouco de planta, um pouco de fala e um pouco de dança.

Unindo a experiência com as danças tradicionais do país ao universo acadêmico historiográfico essa “aula-espetáculo” pretende mostrar um pouco das possibilidades corporais que essas danças oferecem assim como refletir sobre o que ainda as mantém à margem de nossa sociedade.

DESCRIÇÃO

Para nossa sorte uma palavra pode ter mais de um significado. No entanto há ainda uma fila enorme de significados a espera de palavras para traduzi-los. Faltam palavras que deem conta da mudança, talvez apareça aí a preciosidade da dança.

Jogar com as palavras é como brincar com os passos e movimentos: é mudando sua ordem, seu contexto e pronúncia que nos surpreendemos com o encontro do inusitado, do inesperado, do novo.

Por aí anda Planta do Pé.

Contando sobre passos de danças apreendidos nas festas populares do Brasil se passeia por uma história de união entre essas e outras técnicas absorvidas ao longo de anos de pesquisa ao lado de diversos parceiros.

Para se caminhar na direção daquele lugar, aquele em que os significados ficam esperando as palavras que irão traduzi-los estão as perguntas: “a que Brasil eu pertenço?” “o que de mais valioso somos capazes de observar em nossas manifestações culturais longínquas?” “porque muitos ritmos e danças brasileiros ainda permanecem tão a margem de nossa “sociedade oficial”?”

Em um momento em que a brincadeira se faz entre pés, passos, plantas e palavras tentaremos nos aproximar da preciosidade do movimento e de seus múltiplos significados.